terça-feira, 16 de dezembro de 2014

RELEASE: CINE-TEATRO ENCERRA PROGRAMAÇÃO 2014 E ANUNCIA PRODUÇÃO DE DOCUMENTÁRIO


Coordenadoras Lilih Curi e Célida Salume e o convidado da noite Inaldo Santana (Foto: André Araujo)


A noite desta segunda-feira (15) foi de despedida. A data marcou o encerramento da programação 2014 do Projeto Cine-Teatro na Escola. A ideia é retornar com uma nova lista de filmes e convidados em março de 2015. Para fechar a programação, foram exibidos o curta metragem “O Anjo Daltônico” e o documentário “O Teatro Segundo Antunes Filho: O Método”, no Teatro Martim Gonçalves, às 18h30, como o de costume.

Na ocasião, o assistente de direção e produção, Inaldo Santana, comentou sua atuação no curta metragem de ficção. Além disso, as coordenadoras do Projeto, Célida Salume e Lilih Curi, compartilharam suas experiências envolvendo o método de Antunes Filho. 

Na oportunidade, foi mencionada a produção de um documentário sobre o Projeto que deve ser exibido logo no início da programação 2015.

Em sua fala, Inaldo destacou a importância do ator se entregar por inteiro ao personagem. “O ator tem que estar por inteiro na proposta que lhe é feita, para a partir daí construir seu trabalho”. Sobre as diferenças entre cinema e teatro, ele avalia: “Cada vez que você vai encarar uma câmera é um grande desafio. No teatro é diferente, porque ele tem uma sequência, de ensaios, trabalhos de leitura do texto, de corpo, de voz. Tudo isso, vai trazer elementos para construir um personagem”.

Lilih Curi, por sua vez, ressaltou sua participação no Centro de Pesquisa Teatral (CPT). Durante sua permanência no CPT, de um ano e meio, ela conta que os encontros com Antunes Filho foram sempre filosóficos. Lá, Lilih revela que pode trabalhar com a construção e descontrução de cenas. “É um processo de entrega muito grande, mas é gostoso [...]. É um processo muito intenso. Um lugar de muita pesquisa”, lembra.

Já Célida Salume comentou de que forma o método de Antunes Filho pode ser trabalhado dentro do curso de Licenciatura da Escola de Teatro da UFBA (ETUFBA). Ela afirma que depende muito do professor. Particularmente, Célida revela que não trabalha com esse processo de construção de personagem e sim com atos performáticos. Ela citou também que muitos utilizam o jogo como um princípio criativo.

Célida ainda acrescentou que a principal diferença entre o curso de Interpretação, Direção Teatral e Licenciatura é a condução dos processos, visto que, na Licenciatura o que é levado em consideração é mais a parte pedagógica. “O ideal seria que o curso tivesse os mesmo conteúdos da Interpretação e Direção, e acrescentassem as disciplinas pedagógicas”, sugere.

Por fim, as coordenadoras Lilih Curi e Célida Salume agradeceram a participação da equipe envolvida no Projeto e do público que compareceu aos encontros. Elas desejaram também que em 2015 o público seja ainda maior e contemple estudantes de escolas públicas e a comunidade.  

PROJETO – Com um diversificado material cinematográfico, com temáticas voltadas para a linguagem das Artes Cênicas, o Cine-Teatro na Escola visa integrar professores, estudantes, artistas e comunidade em um processo que compreende a exibição de filmes, com articulação de bate-papos orientados por professores e artistas convidados ao final das sessões.

No total, desde setembro deste ano, foram exibidos os filmes “Mário Gusmão: O anjo negro da Bahia”, junto com o curta metragem ODU (08/09); “Slava’s SnowShow (15/09)”; “A Aventura do Théâtre du Soleil (22/09)"; e “Em Quadro: A História de 4 Negros nas Telas (29/09)”, “A Vida de Bertolt Brecht” (06/10); “Jogo de Cena”(13/10), “Grupo Galpão” (20/10); “Yumara Rodrigues – Uma Diva nos Palcos da Bahia”, junto com o curta metragem Perfil – Harildo Déda (27/10); e É! Évoé! – Retrato de um Antropófago (03/11); “A Desconstrução do Espaço Cênico: Profissão Cenógrafo” (10/11); “Nilda Spencer: Especial TVE” (17/11); “Augusto Boal e o Teatro do Oprimido” (24/11); “Café Müller” (1º/12); “O Anjo Daltônico” e “O Teatro Segundo Antunes Filho: O Método” (15/12).



quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

RELEASE: CINE-TEATRO NA ESCOLA EXIBE DOCUMENTÁRIO SOBRE ANTUNES FILHO




O próximo encontro promovido pelo Projeto Cine-Teatro na Escola será no próximo dia 15 de dezembro, quando as exibições de filmes e bate-papos, deste ano, serão encerradas. Para fechar a programação, às 18h30, será projetado no Teatro Martim Gonçalves o filme “O Teatro Segundo Antunes Filho: O Método”, do diretor Amílcar Claro.

O documentário mostra o método desenvolvido para o ator no Centro de Pesquisa Teatral (CPT). Durante a apresentação do método, exercícios são demonstrados por atores e Antunes explica as conclusões de suas pesquisas, no sentido de que corpo e voz constituem uma unidade. 

Na obra estão presentes depoimentos dos atores Juliana Galdino e Emerson Danesi. Além de intervenções de Giulia Gam, Luis Melo, Eva Wilma, Laura Cardoso, Raul Cortez e Marlene Fortuna. O vídeo faz parte da série documental, realizada pela SESCTV, de seis capítulos sobre a trajetória de Antunes Filho, um dos primeiros diretores de teleteatros do país e um dos nomes mais conceituados desse universo.

Na ocasião, também será exibido o curta metragem “O Anjo Daltônico” (2005), do diretor Fábio Rocha. No elenco estão: Agnaldo Lopes, Cristiane Pinho, Fernando Neves, Inaldo Santana, João Rabelo e Rafael de Souza. 

PROJETO – Desde setembro deste ano, já foram exibidos os filmes “Mário Gusmão: O anjo negro da Bahia”, junto com o curta metragem ODU (08/09); “Slava’s SnowShow (15/09)”; “A Aventura do Théâtre du Soleil (22/09)"; e “Em Quadro: A História de 4 Negros nas Telas (29/09)”, “A Vida de Bertolt Brecht” (06/10); “Jogo de Cena”(13/10), “Grupo Galpão” (20/10); “Yumara Rodrigues – Uma Diva nos Palcos da Bahia”, junto com o curta metragem Perfil – Harildo Déda (27/10); e É! Évoé! – Retrato de um Antropófago (03/11); “A Desconstrução do Espaço Cênico: Profissão Cenógrafo” (10/11); “Nilda Spencer: Especial TVE” (17/11); “Augusto Boal e o Teatro do Oprimido” (24/11); e “Café Müller” (1º/12). 



FOTOS DO CINE-TEATRO NA ESCOLA EM DEZEMBRO

Bate-papo de Encerramento da Programação 2014 do Cine Teatro (15/12/14)



Lilih Curi, Inaldo Santana, Célida Salume e Ronaldo Magalhães (Foto: André Araujo)

Lilih Curi, Inaldo Santana e Célida Salume (Foto: André Araujo)

Lilih Curi, Inaldo Santana e Célida Salume (Foto: André Araujo)

Lilih Curi, Inaldo Santana e Célida Salume (Foto: André Araujo)


Bate-papo após exibição de "Café Müller" (1º/12/14)


Coreógrafas Ciane Fernandes e Betti Grebler (Foto: Rodrigo Queiroz)



Coreógrafas Ciane Fernandes e Betti Grebler (Foto: Rodrigo Queiroz)


terça-feira, 2 de dezembro de 2014

RELEASE: OBRA DE PINA BAUSCH É REVERENCIADA POR COREÓGRAFAS NO CINE-TEATRO NA ESCOLA


Coreógrafas Ciane Fernandes e Betti Grebler (Foto: Rodrigo Queiroz)


O público presente no Cine-Teatro na Escola, na noite desta segunda-feira (1º), se encantou com os movimentos de seis bailarinos retratados no filme alemão “Café Müller” (1978), cujo roteiro e direção são da coreógrafa Pina Bausch.

Para comentar a obra e um pouco da trajetória da artista estiveram presentes, no Teatro Martim Gonçalves, as coreógrafas Ciane Fernandes e Betti Grebler, ambas com teses relacionadas a dança e Pina Bausch.

Logo de início, Ciane Fernandes explicou que sua tese de doutorado foi em relação às obras de Pina antes dela começar a montar seus espetáculos nas cidades. Ela, inclusive, escolheu Café Müller para traçar uma análise mais detalhada em seus estudos.

“É uma obras compacta, em relação às outras obras de Pina - de três ou quatro horas de duração. Trabalhei do início ao fim. Analisei padrões de movimentos”, conta. Ainda segundo Ciane, Café Müller marca a trajetória de Pina por ser uma obra de fronteira, passando do movimento abstrato para o movimento teatral.

A coreógrafa ainda destacou, na ocasião, que “você não faz uma tese sobre a Pina, mas com ela. Porque as obras dela são muito maiores. Tem que deixar a obra dela pulsar no seu trabalho”. Ciane revela que não fez uma análise bibliográfica ou histórica. Todavia, fez várias danças durante a tese.

Betti Grebler, por conseguinte, destaca que “Pina foi a única da geração dela que logrou um processo espetacular (de dança-teatro) que só ela fazia”. Betti relata que na sua tese tentou fazer uma conexão entre a também coreógrafa alemã Mary Wigman e Pina Bausch

A plateia comentou a organicidade e fluxo dos movimentos presentes na obra de Pina e Ciane complementou que a coreógrafa sempre foi contra fórmulas. De acordo com Ciane, Pina dizia que estava mais interessada no que movia as pessoas e não como as pessoas se moviam. Contudo, destaca que o como se move também é importante, mas tem que ter uma relevância, não pode separar do conteúdo. 

Ao serem questionadas, pelo público, sobre de que maneira Pina interagia com o espectador? Betti diz que Pina dá muito lugar ao espectador porque “ela nunca diz o que é [o espetáculo]. Ela deixa isso com o espectador”. Já Ciane, acrescenta que “a dança não tem que ter uma forma específica, mas tem a ver com a forma como vemos as coisas”. 



segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

CINE TEATRO NA MÍDIA NO MÊS DE DEZEMBRO


Site do Bahia Econômica, publicação em 15/12/2014




Site do Bahia Econômica, publicação em 1º/12/2014