sexta-feira, 28 de novembro de 2014

CONHECENDO AS CONVIDADAS DO BATE-PAPO SOBRE "CAFÉ MÜLLER" (1º/12/14)

BETTI GREBLER

Dançarina Profissional pela Universidade Federal da Bahia - UFBA (1978), Especializada em Coreografia (1980), Mestra em Dança M.F.A. pela Temple University (U.S.A.), 1991 e Doutora em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia, 2006. Fundou a Companhia de Dança Tran-Chan (1980) e em seguida assumiu o cargo de professora na Escola de Dança da UFBA (1983). Desde então, desenvolve a carreira artística paralelamente à carreira docente de modo que a prática foi desde cedo informada pela reflexão crítica relacionada à Criação Coreográfica e à Performance. Coordenou os seguintes Projetos de Extensão: Pilates da Casa, um trabalho que tem como público alvo os funcionários da secretaria da Escola de Dança, visando melhorar sua qualidade de vida e prevenir a LER (Lesões por Esfôrço Repetitivo); o Projeto Corpo Presente que atende as funcionárias da limpeza do prédio da Escola de Dança, com o mesmo propósito. No ano 2009 o Projeto Visita Tran Chan, então patrocinado pelo Fundo de Cultura, trouxe a Companhia de volta para a Escola, possibilitando às suas estagiárias, jovens das escolas de dança do Ylê Aye e da Escola de dança da FUNCEB, o contato com o ambiente acadêmico. 


CIANE FERNANDES 

Performer e coreógrafa. Professora da Escola de Teatro e do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Graduada em Enfermagem, licenciada em artes plásticas e especialista em Saúde Mental (arteterapia) pela Universidade de Brasília. Mestre e Ph.D. em Artes & Humanidades para Intérpretes das Artes Cênicas pela New York University (1995) e Analista de Movimento pelo Laban/Bartenieff Institute of Movement Studies (New York - 1994), de onde é pesquisadora associada; e pós-doutora em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela UFBA (2010). É consultora da CAPES e do CNPq, além de pesquisadora Produtividade em Pesquisa PQ1 do CNPq. Já se apresentou em diversas cidades brasileiras, nos Estados Unidos, Itália, Índia, Portugal e Alemanha. É fundadora, diretora e dançarina do A-FETO Grupo de Dança-Teatro da UFBA, que recebeu o prêmio ANDES-SN de Arte Universitária na categoria Dança em 2000. É autora de dois livros esgotados, um deles já em terceira edição nos EUA e Europa (Pina Bausch e o Wuppertal Dança-Teatro: Repetição e Transformação), e organizadora de oito periódicos acadêmicos sobre Educação Somática e Estudos do Movimento (2008, 2009, 2010, 2012, 2013). Seus artigos foram publicados no Brasil, Alemanha, EUA, Índia e Malásia. Recebeu diversos prêmios e bolsas de estudos nacionais e internacionais (EUA, Alemanha e Japão). 




quinta-feira, 27 de novembro de 2014

RELEASE: CINE-TEATRO RELEMBRA PERFORMANCE DE PINA BAUSCH COM EXIBIÇÃO DE “CAFÉ MÜLLER”



O Projeto Cine-Teatro na Escola promove, na próxima segunda-feira (1º), a exibição do filme “Café Müller” (1978), cujo roteiro e direção são da coreógrafa Pina Bausch. O evento, gratuito, será no Teatro Martim Gonçalves, às 18h30.

O filme alemão é uma metáfora sobre a solidão, a falta de contato profundo, o questionamento sobre as relações, encontros e desencontros humanos, demonstrado por seis bailarinos, entre eles, a própria Bausch. 

As convidadas para o bate-papo da noite são as coreógrafas Betti Grebler e Ciane Fernandes.

Projeto - Até agora, já foram exibidos os filmes “Mário Gusmão: O anjo negro da Bahia”, junto com o curta metragem ODU (08/09); “Slava’s SnowShow (15/09)”; “A Aventura do Théâtre du Soleil (22/09)"; e “Em Quadro: A História de 4 Negros nas Telas (29/09)”, “A Vida de Bertolt Brecht” (06/10); “Jogo de Cena”(13/10), “Grupo Galpão” (20/10); “Yumara Rodrigues – Uma Diva nos Palcos da Bahia”, junto com o curta metragem Perfil – Harildo Déda (27/10); e É! Évoé! – Retrato de um Antropófago (03/11); “A Desconstrução do Espaço Cênico: Profissão Cenógrafo” (10/11); “Nilda Spencer: Especial TVE” (17/11); e “Augusto Boal e o Teatro do Oprimido” (24/11).



PROGRAMAÇÃO CINE-TEATRO NA ESCOLA–DEZEMBRO DE 2014

01/12 – CAFÉ MÜLLER


SINOPSE: Café Müller, criado em 1978 , é uma metáfora sobre a solidão, a falta de contato profundo, o questionamento sobre as relações, encontros e desencontros humanos, demonstrado por seis bailarinos, entre eles, a própria Bausch. Um lamento de amor, estruturalmente uma composição simples, mas que toca a alma e impressiona com a pureza e a sinceridade de expressão. Café Müller, uma peça excepcionalmente curta e com um elenco reduzido a seis bailarinos, a última das suas peças em que não se usava a palavra, lamento de impotência e impossibilidade tornado ícone instantâneo.



ROTEIRO E DIREÇÃO: Pina Bausch. ELENCO: Pina Bausch, Malou Airaudo, Dominique Mercy, Jan Minarik, Nazareth Panadero e Jean Laurent Sasportes. DURAÇÃO: 50 min. CLASSIFICAÇÃO: LIVRE. (ALEMANHA, 1978).

10/11 – O TEATRO SEGUNDO ANTUNES FILHO: O MÉTODO


Sinopse: O método desenvolvido para o ator no CPT - Centro de Pesquisa Teatral é apresentado por Antunes Filho e seus atores. Exercícios são demonstrados e Antunes explica as conclusões de suas pesquisas, no sentido de que corpo e voz constituem uma unidade. Cenas de Prêt-à-Porter e Medéia ilustram os resultados. O Método é descrito pelos atores Juliana Galdino e Emerson Danesi. Intervenções de Giulia Gam, Luis Melo, Laura Cardoso, Raul Cortez e Marlene Fortuna. O vídeo faz parte de série documental de seis capítulos sobre a trajetória de Antunes Filho, um dos primeiros diretores de teleteatros do país e um dos nomes mais conceituados desse universo.



DIREÇÃO: Amílcar Claro. ELENCO: Antunes Filho, Juliana Galdino, Emerson Danesi, Giulia Gam, Luis Melo, Laura Cardoso, Raul Cortez e Marlene Fortuna. PRODUÇÃO: Amilcar M. Claro Produções. REALIZAÇÃO: SESCTV. DURAÇÃO: 53 min. CLASSIFICAÇÃO: Livre. (BRASIL, 2002).


terça-feira, 25 de novembro de 2014

RELEASE: CINE-TEATRO DISCUTE A IMPORTÂNCIA DE AUGUSTO BOAL E DO TEATRO DO OPRIMIDO

Professoras Cilene Canda, Antônia Pereira e Célida Salume (Foto: André Araújo)


O Projeto Cine-Teatro na Escola exibiu, na noite desta segunda-feira (24), o documentário “Augusto Boal e o Teatro do Oprimido” (2011), com direção de Zelito Viana. O evento gratuito aconteceu no Teatro Martim Gonçalves. 

Marcaram presença, a atriz, dramaturga e pós-doutora em Dramaturgia, Antônia Pereira, a professora e doutora em Artes Cênicas, Cilene Canda, e a professora e doutora em Artes Cênicas, Célida Salume, que também é coordenadora do projeto, juntamente com Lilih Curi.

Para dar início ao bate-papo da noite, as convidadas começaram comentando sobre suas relações com Augusto Boal e com o Teatro do Oprimido. 

Antônia Pereira foi a primeira a falar. Ela contou que sua relação com Boal começou com os estudos na França, com sua tese sobre o dramaturgo. Depois ela aplicou as técnicas desse teatro com funcionários de empresas para trabalhar preconceitos e opressões. No entanto, ela frisou que não gosta quando a estética não é trabalhada. “Essa exigência se afirma ainda mais quando sou professora aqui na Escola de Teatro”, destaca.

Já Cilene Canda explicou que começou com o Teatro do Oprimido como a maioria, aprendendo com os livros. “Sou pedagoga e vi que o Teatro do Oprimido tinha uma pedagogia muito boa”. Cilene revela que participou do Centro do Teatro do Oprimido (CTO) no Rio de Janeiro e depois aplicou as técnicas com docentes. “Minha trajetória formativa é educação. Por isso, trabalho com a formação do professor – oprimido e gerenciador de conflitos diários”, explica.

Célida Salume, por sua vez, lembrou que começou sua relação com o Boal quando participou do espetáculo “Revolução da América do Sul”, no final dos anos 1980. Ela relata que, logo no início, sentiu uma certa antipatia pelo Teatro do Oprimido após presenciar alguns trabalhos imaturos que não tiveram o cuidado necessário para lidar com as diversas situações que podem ser vivenciadas nesse tipo de teatro.

Indagadas pela plateia sobre a forma como o Teatro do Oprimido deve ser trabalhado, a partir da improvisação ou de um texto clássico? Antônia Pereira optou pelo texto. “Eu gosto de trabalhar a partir de um texto, sobretudo, clássico. Mas as experiências comuns são de improvisação - com experiências de opressão vividas e trazidas para a cena”, diz.

Enquanto isso, Cilene Canda pontua que dentro do Teatro do Oprimido existe o Teatro-Fórum, onde é produzida uma encenação baseada em fatos reais, na qual personagens oprimidos e opressores entram em conflito. Para ela, é importante partir do antimodelo. “Primeiro precisa saber quem é o oprimido, para que a plateia crie empatia. Tem que mostrar qual é o desejo dele. E quando se dá o conflito ele luta. Nesse conflito, tem um clímax (se o oprimido não der a volta por cima pode se dar mal)”. Das intervenções trazidas pelo público é que se tem um novo começo ou o final do antimodelo.

O público ainda questionou de que forma se legitima o poder fazer o Teatro do Oprimido? Antônia explica que “todo mundo a qualquer momento. Porque para Boal o Teatro do Oprimido é maior do que ele. E é para ser multiplicado”. Ela complementa: “Do lugar que eu ocupo é diferente, porque sou pesquisadora e professora, por isso, exijo um rigor estético”. 

Ainda em se tratando da estética, Cilene Canda argumenta que Boal destacava três elementos: a palavra, o som, e a imagem. Segundo ela, a palavra tem que ser bem dita, de forma poética; o som, as culturas do Brasil tem um grande potencial musical que pode ser usado; e a imagem, é preciso trabalhar a plasticidade do espetáculo a partir do movimento do ator.

Por fim, Cilene lembra que para Boal a “arte como um todo é libertadora e emancipadora”. Para ela, “enquanto houver opressão no mundo existe a necessidade do Teatro do Oprimido”.

Projeto - Até agora, já foram exibidos os filmes “Mário Gusmão: O anjo negro da Bahia”, junto com o curta metragem ODU (08/09); “Slava’s SnowShow (15/09)”; “A Aventura do Théâtre du Soleil (22/09)"; e “Em Quadro: A História de 4 Negros nas Telas (29/09)”, “A Vida de Bertolt Brecht” (06/10); “Jogo de Cena”(13/10), “Grupo Galpão” (20/10); “Yumara Rodrigues – Uma Diva nos Palcos da Bahia”, junto com o curta metragem Perfil – Harildo Déda (27/10); e É! Évoé! – Retrato de um Antropófago (03/11); “A Desconstrução do Espaço Cênico: Profissão Cenógrafo” (10/11); e “Nilda Spencer: Especial TVE” (17/11). Para a próxima segunda-feira (1º) teremos a exibição de “Café Muller (1978)”


quinta-feira, 20 de novembro de 2014

CONHECENDO AS CONVIDADAS DO BATE-PAPO SOBRE “AUGUSTO BOAL E O TEATRO DO OPRIMIDO” (24/11/14)


ANTONIA PEREIRA 

Atriz e dramaturga. Graduada em Licenciatura em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia (1992); Mestre (DEA) em Litterature Française pela Université de Toulouse II, Le Mirail (1994); Doutora em Lettres Modernes pela Université de Toulouse II, Le Mirail (1999) e Pós-Doutora em Dramaturgia pela Université du Québec à Montréal UQAM (2006). Coordenou o Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas (PPGAC/UFBA) por duas gestões consecutivas - biênios 2007/2009 e 2009/2011. Também foi segunda secretária eleita para o biênio 2000/2002 da Associação Brasileira de Pesquisa e Pós Graduação em Artes Cênicas. Atualmente é professora Associada I da Universidade Federal da Bahia, integra os Grupos de Pesquisa DRAMATIS e GIPE-CIT e Coordena da Área de Artes/Música na CAPES. Tem experiência na área de Teatro e Dramaturgia, com ênfase em Literatura Comparada, atuando principalmente nos seguintes temas: drama, ator, pesquisa em artes e criação. 

CILENE CANDA 

Professora do Centro de Formação de Professores da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia- UFRB. É formada em Pedagogia (2001) e fez mestrado em Educação na Universidade Federal da Bahia (2006). Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas- UFBA (conceito 6), possui experiências em Educação e em Teatro, atuando principalmente nas seguintes áreas de conhecimento e pesquisa: ludicidade, educação infantil, teatro, cultura, arte-educação, educação libertadora, formação docente e teatro do oprimido. Atualmente, coordena o Projeto de extensão “Ciclo de Formação de Professores em Práticas Artísticas e Lúdicas”; e o Projeto de Pesquisa “Formação político-estética de professores do município de Amargosa-Bahia, por meio do Teatro do Oprimido”. É líder do Grupo de Pesquisa Linguagem, Arte, Cultura e Educação (EntreLACE) e integrante da coordenação do Centro de Artes de Amargosa- Diversidade, Universidade, Cultura e Ancestralidade (CASA do DUCA), ambos da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia.

CÉLIDA SALUME

Possui graduação em Curso de Licenciatura em Artes Cênicas pela Universidade do Estado de Santa Catarina (1990), mestrado em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina (2004) e doutorado em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia (2009). Professora Adjunta da Escola de Teatro e do Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal da Bahia. Tem experiência na área de Artes, com ênfase no Ensino de Teatro, atuando principalmente nos seguintes temas: pedagogia do teatro, teatro na educação, formação de professores, dramaturgia, processos de criação, encenação e pesquisa. Juntamente com Lilih Curi, coordena o projeto CINE-TEATRO NA ESCOLA.


quarta-feira, 19 de novembro de 2014

RELEASE: AUGUSTO BOAL E O TEATRO DO OPRIMIDO SÃO TEMAS DO PRÓXIMO ENCONTRO DO CINE-TEATRO



Na próxima segunda-feira (24), o Projeto Cine-Teatro na Escola vai exibir o documentário “Augusto Boal e o Teatro do Oprimido” (2011), com direção de Zelito Viana. O evento gratuito acontece no Teatro Martim Gonçalves, às 18h30. Este será o 12º encontro promovido pelo projeto da Escola de Teatro da UFBA.

Para o bate-papo da noite, estão confirmadas as presenças da coordenadora do projeto e professora Célida Salume, e das professoras Antônia Pereira e Cilene Canda.

O filme a ser exibido narra a trajetória do teatrólogo Augusto Boal desde o Teatro de Arena de São Paulo até os dias atuais. Em paralelo, mostra a evolução do Teatro do Oprimido (fundado por Boal), presente em 72 países desde os anos 1970, cuja filosofia é romper a barreira entre ator e público propondo uma ação política libertadora.

Na obra cinematográfica há depoimentos do próprio Boal, Ferreira Gullar, Edu Lobo, Chico Buarque, Aderbal Freire Filho, Cecília Boal, Julian Boa, entre outros.

Projeto - Até agora, já foram exibidos os filmes “Mário Gusmão: O anjo negro da Bahia”, junto com o curta metragem ODU (08/09); “Slava’s SnowShow (15/09)”; “A Aventura do Théâtre du Soleil (22/09)"; e “Em Quadro: A História de 4 Negros nas Telas (29/09)”, “A Vida de Bertolt Brecht” (06/10); “Jogo de Cena”(13/10), “Grupo Galpão” (20/10); “Yumara Rodrigues – Uma Diva nos Palcos da Bahia”, junto com o curta metragem Perfil – Harildo Déda (27/10); e É! Évoé! – Retrato de um Antropófago (03/11); “A Desconstrução do Espaço Cênico: Profissão Cenógrafo” (10/11); e “Nilda Spencer: Especial TVE” (17/11).


terça-feira, 18 de novembro de 2014

RELEASE: TRAJETÓRIA DE NILDA SPENCER É DESTAQUE EM EVENTO NO TEATRO MARTIM GONÇALVES

Jornalista e escritor Marcos Uzel e o diretor e dramaturgo Paulo Henrique Alcântara (Foto: Lilih Curi)


A noite chuvosa desta segunda-feira (17) foi aquecida pelas lembranças da participação da atriz baiana Nilda Spencer na dramaturgia brasileira. A partir da exibição da produção audiovisual “Nilda Spencer: Especial TVE” (2003), convidados e plateia comentaram a vida e obra da artista. O encontro ocorreu no Teatro Martim Gonçalves.

A homenagem é uma iniciativa do Projeto Cine-Teatro na Escola, que realiza encontros gratuitos semanais, sempre às segundas-feiras às 18h30, para discutir a relação teatro/cinema. Até o momento, já foram exibidos os filmes “Mário Gusmão: O anjo negro da Bahia”, junto com o curta metragem ODU (08/09); “Slava’s SnowShow (15/09)”; “A Aventura do Théâtre du Soleil (22/09)"; e “Em Quadro: A História de 4 Negros nas Telas (29/09)”, “A Vida de Bertolt Brecht” (06/10); “Jogo de Cena”(13/10), “Grupo Galpão” (20/10); “Yumara Rodrigues – Uma Diva nos Palcos da Bahia”, junto com o curta metragem Perfil – Harildo Déda (27/10); e É! Évoé! – Retrato de um Antropófago (03/11); e “A Desconstrução do Espaço Cênico: Profissão Cenógrafo” (10/11).

Para o bate-papo da noite, após a exibição do filme, estiveram presentes o jornalista e escritor Marcos Uzel e o diretor e dramaturgo Paulo Henrique Alcântara. Marcos Uzel começou afirmando ser uma honra falar sobre memória e Nilda Spencer. O jornalista está desenvolvendo sua tese de doutorado baseada na atriz. Podemos dizer que é uma biografia extensa da artista. Sobre a importância de manter a memória, ele declarou: “As coisas são efêmeras. Se a gente não registra, já foi”.

Já Paulo Henrique Alcântara começou agradecendo o convite do projeto e elogiando a iniciativa de diálogo das artes – teatro e cinema. “É um projeto que acho muito bacana e muito positivo. Cinema é memória”, destacou.

Ao comentar a exibição do documentário, Paulo Henrique afirmou: “Ela [Nilda Spencer] era uma grande atriz e, a medida que o tempo foi passando e ela foi ficando idosa, não perdeu a inquietude artística”.

No filme, há trechos em que a artista fala sobre o espetáculo “Lábios que Beijei”, cujo autor e diretor é Paulo Henrique, na época, um jovem diretor. Paulo faz questão de ressaltar a confiança e a prontidão com que Nilda aceitou participar do espetáculo. “Foi meu terceiro espetáculo. Com um texto meu. Ela gostou e aceitou”, lembra. 

Paulo Henrique também salientou a disponibilidade da atriz nos ensaios. “Ela tinha quase 80 anos, mas se colocava num estado de prontidão. O ensaio era algo absolutamente precioso. Ela não se furtava a nada”. Ele ainda detalha que “no primeiro dia de ensaio ela virou para mim e deixou uma coisa clara: – Quem manda aqui é você. E eu vou me colocar nas suas mãos”, disse Nilda a Paulo.

Marcos Uzel lembra que Nilda era uma mulher que ousava muito. Mas, para ele, o momento em que ela mais transgredia era quando acolhia os jovens artistas. Ele citou entre esses trabalhos “Meteorango Kid - Herói Intergalático” e “Caveira My Friend”, ambos de André Luiz Oliveira.

Questionados pela plateia sobre a formação artística de Nilda Spencer, Marcos Uzel explicou que a atriz aprendeu muito com Martim Gonçalves - nos anos 1950 ela foi convidada por ele para fazer uma leitura do texto “Auto da Cananéia” de autoria de Gil Vicente, nas instalações provisórias da Escola de Teatro, e a partir daí começou sua carreira profissional como atriz.

Nilda também foi professora da Escola de Teatro da Ufba. “Ela era uma professora de dicção muito formal. A transgressão dela era com os personagens e a boemia na rua”, conta Marcos Uzel. Paulo Henrique também lembrou que Nilda era fã do cinema hollywoodiano e que aprendeu inglês assistindo aos filmes. “Ela decorava os textos e repetia”, diz. 

Nilda Spencer morreu em 2008, após atuar em 50 espetáculos teatrais e 13 produções audiovisuais. Ela é considerada a dama do teatro baiano. “Ela não é a dama porque é a melhor, mas um conjunto de fatores a notabilizam assim. Ela tem carisma, capacidade de criar uma teia de relações. Ela é essa dama da sociedade. É ao mesmo tempo tradição e também ruptura. Ela era simples e leve”, conclui Marcos Uzel.




quinta-feira, 13 de novembro de 2014

RELEASE: PROJETO CINE-TEATRO HOMENAGEIA A ATRIZ NILDA SPENCER


Na próxima edição do Cine-Teatro na Escola, na segunda-feira (17), o Projeto vai prestar uma homenagem a embaixatriz do teatro baiano, Nilda Spencer, com a exibição gratuita, às 18h30, no Teatro Martim Gonçalves, da obra audiovisual “Nilda Spencer: Especial TVE” (2003).

Para o bate-papo da noite, já foram confirmadas as presenças dos jornalistas e professores Marcos Uzel e Doris Pinheiro, além do professor de Teatro, Paulo Henrique Alcântara.

O documentário - realizado pela TV baiana para homenagear os 80 anos de Nilda Spencer - traz uma panorâmica histórica do teatro na Bahia a partir da vida da atriz. O filme conta com depoimentos da própria atriz, artistas, produtores, amigos e familiares. 

Nilda Spencer alcançou sucesso nacional como Dinorah, amiga de dona Flor no filme Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976). Também atuou em minisséries da TV Globo, como Tenda dos Milagres (1984) e O Pagador de Promessas (1985). Ela foi ainda professora da Escola de Teatro da Bahia durante 24 anos e professora de dicção na Universidade Federal do Sergipe. 

Projeto – Com um diversificado material cinematográfico, com temáticas voltadas para a linguagem das Artes Cênicas, o Cine-Teatro na Escola visa integrar professores, estudantes, artistas e comunidade em um processo que compreende a exibição de 16 filmes, com articulação de bate-papos orientados por professores e artistas convidados ao final das sessões.

Até o momento, já foram exibidos os filmes “Mário Gusmão: O anjo negro da Bahia”, junto com o curta metragem ODU (08/09); “Slava’s SnowShow (15/09)”; “A Aventura do Théâtre du Soleil (22/09)"; e “Em Quadro: A História de 4 Negros nas Telas (29/09)”, “A Vida de Bertolt Brecht” (06/10); “Jogo de Cena”(13/10), “Grupo Galpão” (20/10); “Yumara Rodrigues – Uma Diva nos Palcos da Bahia”, junto com o curta metragem Perfil – Harildo Déda (27/10); e É! Évoé! – Retrato de um Antropófago (03/11); e “A Desconstrução do Espaço Cênico: Profissão Cenógrafo” (10/11).



CONHECENDO OS CONVIDADOS DO BATE-PAPO SOBRE “NILDA SPENCER: ESPECIAL TVE” (17/11/14)


MARCOS UZEL

Mestre e doutorando em Cultura e Sociedade pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Membro do Conselho Estadual de Cultura da Bahia. Jornalista e escritor graduado em Comunicação com habilitação em Jornalismo pela UFBA. Experiência profissional de mais de 20 anos, atuando como editor, crítico teatral, colunista e repórter especializado na área de cultura em veículos de comunicação de grande porte (Jornal A Tarde, Correio da Bahia e Bahia Hoje, dentre outros), além de trabalhos como assessor de imprensa. Tem artigos publicados em revistas de circulação nacional e internacional. É autor dos livros "Guerreiras do Cabaré - A Mulher Negra no Espetáculo do Bando de Teatro Olodum" (2012), "A Noite do Teatro Baiano" (2010) e "O Teatro do Bando - Negro, Baiano e Popular" (2003).


DORIS PINHEIRO

Graduada em Comunicação pela Universidade Federal da Bahia e especialista em Roteiro de TV e Vídeo pela Faculdade Jorge Amado. Assessora de imprensa, especialmente, nas áreas institucional e de cultura. É Radialista e ensinou no curso de formação de Radialismo do IFBA. Já orientou mais de 30 Trabalhos de Conclusão de Curso. Experiência em TV, onde atua desde 1983. Já trabalhou como repórter, redatora, roteirista, apresentadora, editora, coordenadora de produção e de transmissões, além de ter concebido diversos programas. Em rádio, atuou à frente do programa Multicultura, da Educadora FM, como co-criadora, editora, coordenadora de produção, roteirista, diretora e apresentadora. É suplente, pelo IRDEB - Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia, do Grupo de Trabalho Bahia Criativa, que tem por objetivo criar uma política de governo para o fomento e promoção dos produtos criativos do estado. 


PAULO HENRIQUE ALCÂNTARA 

Professor adjunto da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia. Mestre e doutor em Artes Cênicas pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas - PPGAC. Iniciou sua trajetória no teatro em 1992. Desde então, já dirigiu diversos espetáculos, alguns deles baseados em peças de sua autoria, como “Lábios Que Beijei” (Protagonizada por Nilda Spencer e Wilson Mello), “Bolero”, “Beto e Bianca” e “Partiste”. Recebeu em 1999 o Prêmio Braskem de Teatro como Melhor Autor por “Lábios Que Beijei”, que também ganhou o prêmio de melhor montagem do ano. Em 2004, as suas peças “Lábios Que Beijei” e “Bolero” foram reunidas em um mesmo volume e lançadas pela Coleção Dramaturgia da Bahia. Em 2011 voltou a ganhar o Prêmio Braskem de Teatro como Melhor Autor pela peça “Partiste”. Tem outros livros publicados e artigos em revistas especializadas de comunicação, arte e educação.



CINE TEATRO NA MÍDIA NO MÊS DE NOVEMBRO

Site do jornal A Tarde, publicação em 16/11/14 




Site do Bahia Econômica, publicação em 14/11/14




Site do Bahia Notícias, publicação em 13/11/14 




Site do jornal A Tarde, publicação em 10/11/14 


quarta-feira, 12 de novembro de 2014

RELEASE: CENÓGRAFOS CONTAM SUAS EXPERIÊNCIAS E DISCUTEM A RELEVÂNCIA DO ESPAÇO CÊNICO

Cenógrafos Rodrigo Frota, Eduardo Tudella, Mauricio Pedrosa (Foto: André Araújo)

A cenografia foi a grande estrela da noite nesta segunda-feira (10), no Teatro Martim Gonçalves. Após a exibição de “A Desconstrução do Espaço Cênico: Profissão Cenógrafo” (2009), uma produção do SescTV, profissionais da área compartilharam suas experiências com o público presente.

Eduardo Tudella, Mauricio Pedrosa e Rodrigo Frota contaram como teve início o desejo deles por seguir uma carreira na cenografia. O primeiro a falar foi Tudella. Ele contou que sua ligação com as Artes Plásticas começou já na adolescência, na escola. Mas a pessoa que mais admirou e exerceu alguma influência para ele seguir nesta profissão foi o carpinteiro José Moreira Dalto. O cenógrafo lembrou, na ocasião, que o velório do amigo carpinteiro, que passou a trabalhar com teatro, aconteceu no palco do Martim Gonçalves.

Para Maurício Pedrosa a escolha pela profissão remete a infância. Filho de um arquiteto e de uma bailarina e atriz, a arte pelo desenho já estava presente desde os quatro anos de idade, revela. Ele conta que aprendeu Arquitetura com o pai, e depois estudou Teatro, apesar da dúvida se optaria pela faculdade de Belas Artes.

Rodrigo Frota também comentou que desenha desde criança. Ele conta que sempre quis ser ator. No Ceará, não tinha faculdade de Teatro, na época, e ele começou a fazer outros cursos, dentre eles Arquitetura. Ele chegou a ser assistente de cenografia em paralelo aos estudos. Depois de se mudar para Salvador, Rodrigo conta, orgulhoso, que estudou com Tudella e Pedrosa.  

Depois de compartilhadas essas experiências, o público questionou os convidados acerca de um dos temas abordados no documentário: a atuação do cenógrafo com a caixa preta do teatro (espaço cênico básico retangular com paredes pintadas de preto) e em outros espaços considerados alternativos. Eduardo Tudella enfatizou que “fica a impressão para mim de que o cenógrafo precisa ter flexibilidade. O ser humano em si precisa disso”, afirmou. 

O cenógrafo declarou que não tem nenhum vínculo com nenhuma abordagem estético-poética e que sua inserção com a caixa preta do teatro se dá devido a demanda dos professores da Escola de Teatro da UFBA. Mas ele ressaltou a importância de se manter numa Escola como essa um espaço igual ao Teatro Martim Gonçalves. Ele também revelou que almeja uma caixa preta sem plateia fixa. “Eu sonho com um lugar que você possa tirar as paredes e ficar um espaço aberto aqui na Escola. Mas é muito caro, tem que ter muito dinheiro. Uns R$ 10 milhões”, estimou.

Tudella ainda destacou que é necessário discutir que o espaço teatral começa com o ator. “Penso no espaço físico a partir do performer, porque ele é tridimensional. Preciso compreender o corpo do ator”, analisa. “O teatro não consegue se desvincular do corpo do performer e da imagem (mental e material)”, complementa. 

Rodrigo Frota, por sua vez, acrescenta: “acho que a agente tem que pensar a caixa cênica como a relação entre público e performer. Isso já é um diálogo que começa no teatro dos séculos XIX e XX”.  “Se pensarmos nessa primeira relação, se não tiver um performer e o público assistindo, não há teatro”, argumenta.

Ainda em referência a caixa cênica, Maurício Pedrosa ressalta que “mesmo num teatro italiano [onde os atores ficam de um lado e a plateia de frente] podemos tirar partido e desvirtuar isso”, diz ao se referir as possibilidades que a cenografia tem de modificar o espaço cênico, inclusive do lugar onde o público fica assistindo o espetáculo.

Eduardo Tudella pontua ainda que a ideia de que o público está vendo passivamente um espetáculo, em um teatro italiano, por exemplo, não é correta. “O ser humano não consegue ver apenas, mas guarda outros elementos dentro dele. Ninguém consegue ser apenas um espectador. Ser passivo. Porque tem ligação com outros sentidos”, avalia. “O espaço teatral é infinito e começa com o corpo do performer e se expande [para a plateia]” conclui. 



terça-feira, 4 de novembro de 2014

RELEASE: CINE-TEATRO EXIBE DOCUMENTÁRIO SOBRE A RELAÇÃO DO CENÓGRAFO COM O ESPAÇO CÊNICO



Segunda-feira é dia de Cine-Teatro na Escola. Por isso, no próximo dia 10/11 a Escola de Teatro da UFBA promove, gratuitamente, a exibição do documentário “A Desconstrução do Espaço Cênico: Profissão Cenógrafo” (2009), do diretor Amílcar Claro. O evento acontece no Teatro Martim Gonçalves, no bairro do Canela, em Salvador, a partir das 18h30.

Como sempre vem ocorrendo, após a exibição do filme, profissionais envolvidos com as Artes Cênicas compartilham um pouco de suas experiências com a platéia num bate-papo envolvente e descontraído. 

Para esta segunda-feira, já confirmaram participação o diretor de teatro e cenógrafo, Eduardo Tudella, o professor de teatro e cenógrafo, Maurício Pedrosa, e o ator e cenógrafo, Rodrigo Frota.

O documentário a ser exibido faz parte da série “Teatro e Circunstância”, realizada pelo SescTV, e aborda o teatro contemporâneo por meio de diferentes aspectos, entre eles, as diferentes arquiteturas teatrais ou as exclusões delas e o espaço para a celebração dramática.

Projeto Cine-Teatro na Escola – Com um diversificado material cinematográfico, com temáticas voltadas para a linguagem das Artes Cênicas, o Cine-Teatro na Escola visa integrar professores, estudantes, artistas e comunidade em um processo que compreende a exibição de 16 filmes, com articulação de bate-papos orientados por professores e artistas convidados ao final das sessões.

Até agora, já foram exibidos os filmes “Mário Gusmão: O anjo negro da Bahia”, junto com o curta metragem ODU (08/09); “Slava’s SnowShow (15/09)”; “A Aventura do Théâtre du Soleil (22/09)"; e “Em Quadro: A História de 4 Negros nas Telas (29/09)”, “A Vida de Bertolt Brecht” (06/10); “Jogo de Cena”(13/10), “Grupo Galpão” (20/10); “Yumara Rodrigues – Uma Diva nos Palcos da Bahia”, junto com o curta metragem Perfil – Harildo Déda (27/10); e É! Évoé! – Retrato de um Antropófago (03/11).

CONHECENDO OS CONVIDADOS DO BATE-PAPO SOBRE “A DESCONSTRUÇÃO DO ESPAÇO CÊNICO: PROFISSÃO CENÓGRAFO” (10/11/14)


EDUARDO TUDELLA

Possui graduação em Direção Teatral pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), em 1979; bacharelado em Artes Cênicas, com habilitação em Cenografia, pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), em 1984; e mestrado em Theater Designer – Lighting pela New York University, em 1993. Atualmente é professor da Universidade Federal da Bahia. Trabalhou em projetos de vários diretores, como: Ewald Hackler ("Mulher sem Pecado" e "Mestre Haroldo e os Meninos"), Harildo Déda ("Macbeth" e "Veredas da Salvação"), Marcelo Flores ("Antigona" e "Dollly"), Celso Junior ("Desgraças de uma Criança" e "Caso Sério"). Está ligado ao Teatro NU desde sua fundação, tendo participado ativamente como cenógrafo e/ou iluminador. No mais recente projeto do Grupo, assina a iluminação de "Sargento Getúlio", direção de Gil Vicente Tavares, indicado ao Premio Braskem, categoria Destaque, de 2011.


MAURÍCIO PEDROSA

Possui graduação em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia (2002); graduação em Licenciatura em Teatro pela Universidade Federal da Bahia (2000); e graduação em Licenciatura Plena em Pedagogia pela Universidade Católica do Salvador (1996); e pós-gradução em Artes Cênicas pelo PPGAC- Universidade Federal da Bahia (2009). Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Direção Teatral, Interpretação e Cenografia, atuando principalmente nos seguintes temas: encenação, teatro, cenotécnica, cenografia e adereços.


RODRIGO FROTA 

Possui graduação em Interpretação Teatral pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). É aluno especial do Mestrado em Artes Cênicas da UFBA. Fez os workshops de J.C. Serroni em 2007 (selecionado para assinar a cenografia do espetáculo do Núcleo do T.C.A em 2008), Pamela Howard em 2008 e Hélio Eichebauer em 2009. Foi assistente de cenografia de Eduardo Tudella nas peças; “Oito Mulheres” de François Ozon em 2003, “Sábado, Domingo e Segunda” em 2006 ambas com a direção de Harildo Deda e “Jogos na hora da sesta” Roma Mahieu foi assistente de Zuarte Jr em 2005. Assinou a cenografia de “Só o Faraó tem alma” de Silveira Sampaio com direção de Carol Vieira em 2004, “Verde hemorragia” de Mariesse Paim com direção de Grasca Regina em 2004, “O fim do espetáculo” texto e direção de Adriano Soares em 2005, “Solidão” de Bernard-Marie Koltès com direção de Almiro Andrade em 2006, a cenografia de “O Zôo da noite” de Michel Azama com direção de Sandra Villa em 2006, no Projeto de extensão da UFBA na peça “Sorridente” texto e direção de Gilberto Novaes e na peça “Pedestre Modelo” também com texto e direção de Gilberto Novaes em 2006, dividiu com Hamilton Lima a cenografia de “Onde há uma Cruz” de Eugene O’Neil com direção de Pedro Benevides em 2006. Ganhou o prêmio Braskem de Teatro 2009, na categoria revelação pelos cenários de; “Salomé”, “Atire a primeira pedra”, “Policarpo Quaresma” e “Álbum de família”.

FOTOS DO CINE-TEATRO NA ESCOLA EM NOVEMBRO

Bate-papo após a exibição de “Augusto Boal e o Teatro do Oprimido" (24/11/14):


Público do Cine-Teatro (Foto: André Araújo)



Professoras Cilene Canda, Antonia Pereira e Célida Salume (Foto: André Araújo)


Professoras Cilene Canda, Antonia Pereira e Célida Salume (Foto: André Araújo)


Professoras Cilene Canda, Antonia Pereira e Célida Salume (Foto: André Araújo)

Bate-papo após a exibição de “Nilda Spencer: Especial TVE” (17/11/14):


Jornalista e escritor Marcos Uzel e o diretor e dramaturgo Paulo Henrique Alcântara (Foto: Lilih Curi)


Jornalista e escritor Marcos Uzel e o diretor e dramaturgo Paulo Henrique Alcântara (Foto: Lilih Curi) 


Exibição da obra audiovisual (Foto: Lilih Curi)


Bate-papo após a exibição de “A Desconstrução do Espaço Cênico: Profissão Cenógrafo” (10/11/14):



Público participante (Foto: André Araújo)


Cenógrafos Rodrigo Frota, Eduardo Tudella e Maurício Pedrosa (Foto: André Araújo)


Cenógrafos Eduardo Tudella e Maurício Pedrosa (Foto: André Araújo)


Cenógrafos Rodrigo Frota, Eduardo Tudella e Maurício Pedrosa (Foto: André Araújo)


Bate-papo após a exibição de É! Evoé! - Retrato de um Antropófago (03/11/14):


Atores Lilih Curi e Franklin Albuquerque (Foto: Rodrigo Queiroz)


Atores Lilih Curi e Franklin Albuquerque (Foto: Rodrigo Queiroz)


Exibição do documentário (Foto: Lilih Curi)

RELEASE: ATORES FALAM DE SUAS EXPERIÊNCIAS APÓS TRABALHAREM COM JOSÉ CELSO MARTINEZ

Atores Lilih Curi e Franklin Albuquerque (Foto: Rodrigo Queiroz)

Na noite desta segunda-feira (03), o público do Projeto Cine-Teatro na Escola acompanhou um pouco da grande paixão do diretor de teatro José Celso Martinez Corrêa pelas Artes Cênicas. Isso porque, foi exibido, gratuitamente, no Teatro Martim Gonçalves, a partir das 18h30, o documentário “E! Evoé! – Retrato de um Antropófago”, com roteiro e direção de Tadeu Jungle e Elaine Cesar. 

Para o bate-papo da noite, estiveram presentes a atriz e coordenadora do Cine-Teatro, Lilih Curi, e o ator e diretor Franklin Albuquerque, que atualmente integra a Universidade Livre de Teatro Vila Velha. 

Ambos os convidados do encontro tem experiência com o Teatro Oficina, liderado por José Celso. Lilih Curi começou lembrando sua participação durante um ano e meio no Oficina. Ela conta que o processo de criação é muito rico e que pessoas de várias áreas (Vídeo, Artes Plásticas, Interpretação) convivem juntas. “Os processos são ritualísticos. Você é levado a ter uma comunhão com a arte”, relata. “Quando você está no ato, na ação, com o outro e com o público, vira uma grande festa”, acrescenta.

Para Lilih, a experiência no Teatro Oficina foi transformadora não apenas na vida artística, mas também pessoalmente. Segundo a atriz, existe uma Lilih antes e depois do Oficina. “Não pude viver outra relação com o teatro igual a essa”, diz. 

Ela também declarou que ficou emocionada com a capacidade de José Celso tocar as pessoas que trabalham com ele, mesmo sendo mais de 60 pessoas em cada oficina promovida pelo Teatro. “Ele [José Celso] foi um divisor de águas. Sempre digo para os meus alunos, que ele foi o meu mestre. Apesar de ter ficado apenas um ano e meio”, destaca Lilih.

O ator Franklin Albuquerque começou afirmando que mudou sua relação com o público a partir de sua experiência com o Teatro Oficina, principalmente, sua relação com o tradicional teatro italiano – onde os atores ficam em um palco e a plateia do outro lado assistindo. Espontaneamente, ele se aproximou do público ao sentar na extremidade do palco, junto com Lilih Curi.

Franklin narra que logo que chegou no Oficina não trabalhou na função de ator. De início, ele foi fazer um teste de canto para participar do coro. Depois de um tempo, ele não conseguia alcançar o nível necessário para se consolidar como ator. Enquanto isso, fez direção de cena, contra-regragem, e participação de cena. Ele afirmou que não sabia nem o que era isso, mas contou com a ajuda de outros membros do grupo. 

A experiência inicial foi difícil, de acordo com Franklin, pois ele queria estar junto dos atores no palco. “Foi um inferno ter que auxiliar os atores... Chorei na estreia [de um espetáculo] porque queria estar lá com os atores”, desabafou. Esse processo de aprendizagem durou um ano e meio. No total, ele conta que ficou três anos no Oficina.

Outra experiência marcante para ele foi ter ficado completamente sem roupas em um dos espetáculos. “Tive que tomar uma dose de conhaque para ficar nu”, lembra aos risos. Sobre a questão financeira, Franklin afirma que nunca ganhou dinheiro no Teatro Oficina, apenas ajuda de custo. A rotina de atividades pode ser exaustiva, uma vez que, o ator chega, por exemplo, às 17 horas e fica até às 9h ou 10h do dia seguinte. 

Mesmo não fazendo mais parte, diretamente, do Teatro Oficina, Franklin diz: “Nunca me desliguei completamente de lá [...]. Tenho pensado em fazer um intercâmbio entre o Teatro Oficina e a Universidade Livre de Teatro Vila Velha”, almeja.

Ao serem questionados pela plateia, se existe mesmo uma comunhão entre o público e o Teatro Oficina, Lilih Curi respondeu que é um Teatro que tem história. Tem um público fiel há anos. Desde quando os espetáculos eram proibidos durante a Ditadura Militar. “Às vezes são oito horas de espetáculo. É um processo de resistência. Só fica quem quer realmente participar”, pontua.

Em outro momento, o público indagou sobre a reação das pessoas que assistem espetáculos promovidos pelo Oficina e querem ser “seguidoras” de José Celso, como se ele fosse uma espécie de messias. Franklin disse que “ele sempre exerce um fascínio. Até pela história que ele representa e pela história que o Teatro representa [...]. É difícil você não querer participar daquilo”, conclui.

Projeto – Com um diversificado material cinematográfico, com temáticas voltadas para a linguagem das Artes Cênicas, o Cine-Teatro na Escola visa integrar professores, estudantes, artistas e comunidade em um processo que compreende a exibição de 16 filmes, com articulação de bate-papos orientados por professores e artistas convidados ao final das sessões.

Até agora, já foram exibidos os filmes “Mário Gusmão: O anjo negro da Bahia”, junto com o curta metragem ODU (08/09); “Slava’s SnowShow (15/09)”; “A Aventura do Théâtre du Soleil (22/09)"; e “Em Quadro: A História de 4 Negros nas Telas (29/09)”, “A Vida de Bertolt Brecht” (06/10); “Jogo de Cena”(13/10), “Grupo Galpão” (20/10); “Yumara Rodrigues – Uma Diva nos Palcos da Bahia”, junto com o curta metragem Perfil – Harildo Déda (27/10). Na próxima segunda-feira (10) será exibido “A Desconstrução do Espaço Cênico: Profissão Cenógrafo” (2009).

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

CONHECENDO OS CONVIDADOS DO BATE-PAPO SOBRE "E! EVOÉ! - RETRATO DE UM ANTROPÓFAGO" (03/11/14)

FRANKLIN ALBUQUERQUE


Ator, diretor, roteirista, cantor e produtor. Estudou interpretação com Denise Stoklos, Gerald Thomas, Bete Coelho, Renato Borghi, Harildo Déda, Hebe Alves, Augusto Boal, Hélio Cícero, Flávia Pucci. Participou de espetáculos dirigidos por Jose Celso Martinez Corrêa, Márcio Meirelles, Marcelo Drummond, Hebe Alves, Lívio Tragtemberg, Marco Antonio Braz, Vadim Nikitin, Cacá Machado, Gordo Neto. Participou durante três anos do Teatro Oficina, tendo atuado na montagem de “As Bacantes”. Está na Universidade Livre de Teatro Vila Velha desde seu surgimento, com participação em duas montagens: “Por que Hecuba” e “Frankestein”. Formou-se pelo Stúdio Fátima Toledo (1995). Trabalhou durante cinco anos no Stúdio desenvolvendo trabalhos como Professor de interpretação, preparador (curta-metragem “Parabéns”/2011) diretor e roteirista (Projeto Primeiro Corte/2012).  Dirigiu e roteirizou o curta “Vestígios da Srta. B” exibido no Festival 5 minutos em Salvador/Ba (2008), e o documentário  “Tremedal” sobre a cidade do mesmo nome na Bahia/2010. Entre 2007 e 2011 produziu, preparou, dirigiu, roteirizou e editou 10 Cursos de Interpretação para Cinema em Salvador, realizando também duas mostras do mesmo curso na Sala Alexandre Robatto. Em 2011 a convite do Projeto “Cena Livre” passou dois meses na África, em Luanda, Angola dirigindo a área de interpretação para cinema do “Curso Internacional de Cinema, Teatro e TV” para mais de 150 alunos, onde depois foi realizado o longa-metragem “A Crença”, eleito melhor filme de ficção nacional no Festival Internacional de Cinema de Luanda/2012 com atores selecionados do curso. Participou de oficinas de dança com Sandro Borelli, Miriam Druwe, Mariana Muniz, Alexandre Tripiciano, Tica Lemos, em São Paulo. Formou-se também em canto popular na Universidade Livre de Música Tom Jobim, em São Paulo.

LILIH CURI


Diretora de Teatro e Cinema, Atriz e Roteirista. Graduada em Comunicação Social/Jornalismo pela PUC-SP e Mestre em Artes Cênicas pelo PPGAC-UFBA). Cursou Fotografia no SENAC/BA e Direção Cênica na Escuela Internacional de Cine y TV de San Antonio de los Baños – Cuba. Em 2013, realizou o curta experimental CARMEN e, em 2014, dirigiu o curta TERESA, numa parceria com profissionais de vários países: Brasil, Cuba, México, Venezuela e Colômbia. Dirigiu ainda, em 2014, o espetáculo MATRIOSCA com os alunos da Escola de Teatro da UFBA, onde atua como Professora Substituta de Direção e Interpretação Teatral . Juntamente com Célida Salume, coordena o projeto CINE-TEATRO NA ESCOLA.